Nossas Operações

 

Mina de Diamantes Braúna, Brasil (Participação Acionária de 100%)

A propriedade da Mina Braúna é composta por cinco licenças minerais adjacentes, cobrindo 6.928 hectares, localizadas no município de Nordestina, Estado da Bahia, Brasil. As licenças Braúna englobam 23 ocorrências de kimberlito. Braúna 03 é o maior das ocorrências de kimberlito e é a única ocorrência produtiva até o momento. A Mina Braúna 3 iniciou a produção comercial como uma operação de mineração a céu aberto em julho de 2016, tendo produzido 1.188.6767 quilates de diamantes brutos naturais a partir de 6,53 milhões de toneladas de kimberlito extraídas do kimberlito Braúna 3, com uma média de teor de produção de 18,2 cpht até o final de 2024. Desde o início da produção comercial em 2016, as receitas brutas de vendas totalizam US$214,5 milhões provenientes da venda de 1.162.105 quilates de diamantes brutos, a um preço médio de venda por unidade de US$185 por quilate.

As operações de mineração a céu aberto foram suspensas em maio de 2023, quando a cava atingiu seu limite econômico planejado. De maio de 2023 a janeiro de 2024, a produção da Lipari foi mantida pelo processamento de um estoque de minério de menor teor, proveniente da extração dos lóbulos central e norte do kimberlito Braúna 3.

A transição da mina a céu aberto para a operação de mineração subterrânea teve início em fevereiro de 2024. A operação subterrânea deverá estender a vida útil da mina por mais quatro anos, com a expectativa de produzir aproximadamente 433.000 quilates de diamantes a partir do processamento de 1,85 milhão de toneladas de minério, com um teor médio de cerca de 17 cpht. A lavra subterrânea será realizada por meio do método de retração por subníveis (“SLR”), já implementado com sucesso nas minas Diavik e Ekati no Território do Noroeste, no Canadá, e na mina Koffiefontein na África do Sul.

O minério de kimberlito extraído do depósito Braúna 3 é processado em uma planta de beneficiamento com capacidade para 2.500 toneladas por dia, operando 24 horas por dia, 7 dias por semana. A planta conta com um circuito de britagem e peneiramento, que alimenta um circuito de concentração por meio denso com capacidade de 150 toneladas/hora. Esse sistema, por sua vez, abastece seis máquinas de raio-X localizadas no Prédio de Recuperação Final, uma área de segurança máxima dedicada à recuperação de diamantes. A planta também dispõe de um circuito integrado com tecnologia XRT, voltado à recuperação de diamantes de grande porte. A equipe interna de manutenção garante uma performance excepcional, com uma disponibilidade física média da planta superior a 94%.

A planta de beneficiamento da mina Braúna recicla 98% da água utilizada no processamento do minério. Esse resultado é alcançadopor meio do desaguamento do rejeito fino gerado durante as etapas de britagem, peneiramento e concentração do minério; em uma operação integrada que combina um espessador e uma centrífuga rotativa. Nessa etapa, o rejeito é submetido a alta rotação, promovendo a separação entre as fases sólida e líquida. A água recuperada é então reintroduzida no circuito de processamento.

Além da significativa economia de água, outro benefício relevante desse sistema é a eliminação da necessidade de uma barragem de rejeitos — estrutura tradicionalmente utilizada para o armazenamento úmido dos resíduos da planta. As barragens de rejeitos representam um potencial passivo ambiental de longo prazo para empresas mineradoras e para as comunidades em que operam.  Especialmente por essas razões, reciclar mais de 98% da água utilizada no beneficiamento do minério é um feito de extremo orgulho. A Lipari é a única produtora de diamantes do mundo a utilizar esse sistema de desaguamento de rejeitos.

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Propriedade de Diamante Tchitengo

A propriedade Tchitengo está situado na província de Lunda, no Nordeste de Angola, a 945 quilômetros da capital Luanda. A propriedade abrange 30 kimberlitos, incluindo os kimberlitos Tchiuzo e Tchegi – dois depósitos em estágio avançado. Tchitengo está localizado no coração do principal distrito diamantífero do país:

 

  • 30 km de distância do kimberlito Luele (Luaxe), de classe mundial, propriedade da Sociedade Mineira do Luele, que foi inaugurado em novembro de 2023 e deverá produzir entre 3 a 4Mct/ano até o final de 2024;
  • 15 km ao norte do kimberlito Chiri, atualmente a ser perfurado e amostrado em massa pela Rio Tinto;
  • 15 km ao norte da Mina Catoca, da propriedade da Sociedade Mineira de Catoca (“SMC”), a maior produtora de diamantes de Angola em Mcts/ano e a and
  • 5 km ao sul da mina de Camachia, uma mina mais antiga e bem estabelecida que produz ~100kct/ano.

 

A Propriedade Tchitengo abrange 30 kimberlitos. Entre 2006 e 2013, a SMC explorou a parte sul da Propriedade Tchitengo e descobriu o kimberlito Tchiuzo de 10,6 hectares, investindo 35.6 milhões de dólares em trabalhos de exploração e desenvolvimento. Durante 2006 e 2011, uma joint venture entre a BHP Billiton e o Banco Espírito Santo explorou a parte norte da área de propriedade Tchitengo e descobriu 29 dos kimberlitos, registrando um investimento de cerca de 25 milhões de dólares na exploração dentro da área de concessão. No total, foram gastos mais de 60 milhões de dólares na exploração e desenvolvimento da Propriedade Tchitengo, resultando na descoberta de 30 depósitos de kimberlito, avançando um deles para a fase de desenvolvimento de pré-viabilidade.

 

O kimberlito Tchiuzo

O kimberlito Tchiuzo, de 10,6 hectares, é o depósito diamantífero em estágio mais avançado da propriedade. A SMC desenvolveu-o até o estágio de pré-viabilidade. Em 2009, a empresa relatou recursos para o mesmo, declarados de acordo com os padrões russos (Código NAEN), resumidos pela SRK Consulting (Canada) Inc. da seguinte forma:

Ao longo de 2024, a Lipari realizou um programa de sondagem confirmatória no corpo kimberlítico Tchiuzo com o objetivo de verificar os volumes e as tonelagens anteriormente reportados pela SMC. Os resultados desse programa de sondagem são esperados no primeiro trimestre de 2025.

 

Kimberlito Tchegi-38

O kimberlito Tchegi-38 é uma das 18 ocorrências de kimberlito descobertas pela joint venture BHP Billiton/ESCOM dentro dos limites da propriedade Tchitengo. A BHP Billiton avançou-o para o estágio de desenvolvimento de definição de recursos, completando 18 furos de grande diâmetro que resultaram na recuperação de 834 toneladas de kimberlito para processamento.

# LLD Holes Drilled Meters Drilled Sample Weight (tonnes) Diamonds Recovered Total Weight of Diamonds (carats) Recovered Diamond Grade (cpht) Largest Diamond Recovered (carats) Average Diamond Size (carats/stone)
18 2999 834.32 2516 214.69 25.7 3.43 0.09

A porção central do kimberlito Tchegi-38 compreende um depósito aflorante, bem delimitado por perfurações de grande diâmetro. O processamento das 834 toneladas de kimberlito lavrados nesse programa resultou na recuperação de 214,69 quilates de diamantes, com um teor de 24,7 cpht. Sondagens adicionais serão necessárias para delimitar com precisão o corpo de minério, assim como uma amostragem em grande escala para confirmar o teor e o valor dos diamantes.

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